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Neiva Alves Ribeiro

Psicóloga Clínica Especialista Em Teoria Cognitivo Comportamental

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Depressão e a Pandemia
Ao conceituar depressão temos que é doença crônica considerada um transtorno mental. Este transtorno provoca a perda do interesse em atividades diárias, como o simples arrumar a cama, ou mesmo hábitos de higiene. Nos casos mais avançados a doença poderá progredir para a necessidade de terapia medicamentosa, verbal ou mesmo internação em hospital.

Ao conceituar depressão temos que é doença crônica considerada um transtorno mental. Este transtorno provoca a perda do interesse em atividades diárias, como o simples arrumar a cama, ou mesmo hábitos de higiene. Nos casos mais avançados a doença poderá progredir para a necessidade de terapia medicamentosa, verbal ou mesmo internação em hospital.

O indivíduo sente-se incapacitado para fazer as atividades que normalmente lhes são prazerosas, é acometido por sintomas de irritabilidade, apatia, falta de apetite, ou ao contrário fome incomensurável. Apresenta alterações no sono, na capacidade para trabalhar, ler, estudar, baixa autoestima, amargura e principalmente uma fadiga interminável, muitas vezes com alterações no corpo físico.

A Depressão tem causas psicológicas, genéticas e psicossociais. Em muitos casos o ambiente pode ser causador, ou colaborar para o estresse que invariavelmente ajudará a formar um quadro depressivo, todos estes fatores interagem de forma significativa e somam entre si, agudizando a doença. Temos então a depressão, como a combinação de múltiplos fatores.

Vamos nos ater, neste relato, ao ambiente que estamos vivendo no momento atual e que tem como causa a pandemia do COVID 19 que impõe a todos, situações difíceis de lidar, pois provocam inúmeros agentes estressores que terminam servindo como gatilho para a depressão.

O contexto pandêmico determina buscas necessárias para prevenção da doença, a contaminação e infecção respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Estas medidas vão desde a higiene constante das mãos, o cuidado ao tocar em objetos, uso da máscara e principalmente o isolamento social, sendo esta última causadora de muita angustia, ansiedade, tristeza e depressão.

A sociedade de um momento para outro se viu dentro de um contexto caótico, sem uma saída viável para o problema da saúde que acometeu o mundo, sem medicamentos que sejam eficaz a recuperação dos infectados e soma-se ao fato, o desfile das mais variadas condutas médicas na tentativa de minimizar ou solucionar o problema, diante do olhar atônito da população.

Sem dúvida, todo este cenário, serviu como causador dos citados agentes estressores que foram vividos de forma continua e repetida, causando pânico, estresse e colaborando para o desenvolvimento da depressão, principalmente em quem já possui propensão à estados depressivos. Estas pessoas possivelmente responderam aos apelos para isolar-se como forma de se proteger da infeção e não estamos aqui questionando está conduta, porém a mesma é caminho na formação de um quadro depressivo, que muitas vezes, pode ter se instalado sem a consciência do seu portador. Em que pese, a compreensão da doença é caminho para seu manejo e restabelecimento dos sintomas.

Soma-se aos fatos as mortes, as perdas de todas as espécies, inclusive financeiras, na medida que empresas são fechadas, causando medo. A dura realidade da falência, do desemprego, acarretando ao cenário dor e sofrimento. Por outro lado, o excesso de trabalho, a rotina estressante, associada ao cansaço de todos os trabalhadores das “ditas” linhas de frente, a exemplo de hospitais e tantos serviços que por serem considerados essenciais mantiveram seus funcionários num embate para cumprir com uma jornada quase impraticável, porém necessária ao desenrolar da pandemia e a necessidade que a mesma impõe. Se por um lado temos a falta do trabalho, por outro temos o excesso dele, sendo os dois contextos considerados agentes causadores de doenças psiquiátricas.

Inúmeras pessoas perderam e ainda perdem seus companheiros, companheiras para o vírus, quando este se torna mais forte do que a vida. E neste contexto a exigência de lidar com a falta, a saudade daquele que não resistiu a infecção, deixando um vazio e consequente luto a ser elaborado por quem ficou. A solidão faz parte do processo do luto, que em algum momento será necessária para a elaboração do mesmo. O contraditório é o fato de que o indivíduo já está vivendo em solidão para preservar sua vida, o que torna todo o processo mais doloroso e confuso o seu desenrolar.

O cenário é ainda mais preocupante quando o indivíduo depressivo tem risco de atentar contra a própria vida. Nos casos graves de depressão alarmante, o pior sintoma é a possibilidade da eminência do suicídio. Por serem situações graves e extremadas exigem cuidados médicos, prescrição de fármacos, podendo acontecer a necessidade da internação hospitalar. Muito embora na maioria das vezes, os primeiros sinais da ideação suicida podem ser observados em casa.

O paradoxal está no fato de que a presença de outras pessoas desconfigura o distanciamento social, a hospitalização coloca ainda mais perto dos infectados pelo COVID. O impasse parece estar formado, pois a prevenção é forma de evitar a perda do bem maior que é a vida, porém estar com outras pessoas e até internado em um hospital podem trazer riscos que também comprometem a saúde e a vida. Como então lidar com estes paradoxos mantendo-se sem estresse, ansiedade e buscando saídas salutares.

O comentado até agora teve o intuito de conceituar a depressão e até preveni-la, com medidas que conduzem à interação e o convívio social, o que contrária o momento pandêmico, que preconiza o isolamento social como forma de evitar a possível infecção, pelos menos enquanto todos não estiverem vacinados e mesmo assim, não sabemos se poderemos abandonar o uso de máscaras e o quanto de aproximação social será seguro para cada um. Os profissionais da saúde advertem sobre o fato de novas variantes da doença estarem se proliferando no mundo e mostrando-se com maior poder de transmissão e capacidade para causar quadros mais graves do COVID-19.

Quando estamos no caos, isto significa que a ordem já foi iniciada, porque nada é pior que o caos. Desta forma, não adianta ter medo das medidas que precisam ser tomadas e nesta situação, iniciar com atuações que possam detectar a doença psiquiátrica depressiva, sendo prioridade para o diagnóstico a avaliação médica e a prevenção, que urgem condutas para se evitar o mal maior, o “Suicídio”. Se o hospital é foco de contaminação iminente, muitas vezes o “mal” é necessário, ou ainda a presença de outras pessoas por perto como forma de ajudar e acompanhar, bem como, o uso de fármacos que irão propiciar o pronto restabelecimento.

Ainda podemos considerar a prevenção como caminho para não adoecer. Prevenir é o contrário de remediar contextos, onde a desesperança já tomou corpo e a doença se instalou. Muitas são as práticas possíveis que estão a serviço da saúde, fazendo verdadeiras barreiras a doenças psiquiátricas ou mesmo as doenças infecciosas.

Podemos estar em isolamento, mas não ficar confinado a um apartamento, muitas vezes, gradeado para segurança das crianças ou mesmo invasão de vândalos. Estabelecer horários para sair à rua, visitar praças públicas, onde se observa a menor circulação de pessoas, permitindo-nos então, ficar ali, sem nada fazer, apenas nos extasiando diante do verde ou mesmo do sol, este último com suas propriedades vitamínicas e outras, que se fazem necessária ao organismo e a prevenção de doenças.

Aprender a cozinhar, ou até aprimorar o gosto por receitas que podem ser feitas de forma simples, mas com esmero e cuidado com o valor nutritivo e no quesito alimentação, não devemos esquecer a fome de tantos que se encontram em total situação de miserabilidade.

Grupos foram formados, onde cada um em sua casa, prepara um número de pratos que são elaborados e distribuídos em marmitas aos mais necessitados, onde muitas vezes a única refeição que farão e que lhes irá salvaguardar a sobrevivência, ali está, em forma de marmita e que foram provenientes da ação solidária de pessoas, engajadas em fazer o bem, em que pese, elas mesmas estarem preenchendo seu vazio, sua solidão através de ações que terminam sendo benéficas para os dois lados. “AMPARO e SOU AMPARADO”. 

A fé e a busca por templos religiosos é outro importante segmento que não podemos contar da forma que conhecíamos, até em tão. Porém muitos vídeos e canais de TV estão oferecendo os mais diversos cultos, missas e segmentos que buscam trazer a presença do divino e confortar com palavras referentes as crenças religiosas, individuais de cada pessoa.

Ainda salientamos, que não necessariamente tenhamos que estar dentro de um templo para fazer nossas orações e invocar aquilo que nos trará paz e conforto. O templo está internalizado dentro de cada um, desta forma ele pode ser acessado em qualquer lugar, no pior, ou melhor momento, através da fé e da oração.

A “EMPATIA” é uma qualidade que nos torna capaz de nos colocarmos no lugar do outro, sentindo sua dor ou sua felicidade, sua esperança ou desesperança, sendo assim, o momento pede que sejamos empáticos para ajudar e compreender a nós mesmos e ao próximo.

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